quarta-feira, 30 de julho de 2014

Pectus Carinatum

Protusão do osso esterno, localizado na região anterior do tronco, entre o peito, articulando com as 7 primeiras costelas. 

Etiologia: patologias respiratórias (ATENÇÃO: expirometria muitas vezes não irá diagnosticar interferência, pq a respiração é uma função Vital, Hegemônica, então o organismo fará de tudo, tudo para manter esta função intacta) cardíacas, hereditariedade (porém não tão distante grau de parentesco). Encurtamento da musculatura inserida na região (músculos inspiratórios), levando a protusão.
Todo patologia óssea deve ser rigorosamente tratada durante a fase de crescimento, período de desenvolvimento e formação estrutural.
Para os meninos o pico de crescimento é 13 anos e meninas 11 anos.
Importante frisar que para esta patologia existe tratamento conservador (RPGSouchard). Intervenções cirúrgicas, em todos os casos deverá ser a última opção. Nosso corpo não está preparado para procedimentos cirúrgicos!
Importante também uma consulta com otorrino, causa o paciente tenha histórico de infecção de ouvido.
Cada profissional da área da saúde vê uma patologia de acordo com seus conhecimentos e cada profissional tem conhecimentos diferentes referente aquilo q estudou. Ninguém sabe mais ou menos cada um sabe o que pode somar e acrescentar em prol da reabilitação e qualidade de vida do pcte.

O perigo de não tratar esta patologia na fase de crescimento é que o adolescente com vergonha desta protusão, inconscientemente curva as costas (hipercifose torácica - aumento da curvatura da região torácica), isto faz com que as vértebras cresçam com uma compressão maior na região anterior do corpo vertebral, consequentemente irá desgastar este região da vértebra (vértebra cuneiforme) e tb compressão do disco vertebral e todas as estruturas envolvidas. Desgaste ósseo não tem tratamento conservador. A hipercifose torácica em grau elevado comprime as estruturas do mediastino (pulmão, coração....) provocando problemas sistêmicos.



terça-feira, 8 de julho de 2014

RPG Souchard na Reabilitação do Ligamento Cruzado Ântero-Externo


                Ligamentos são tecidos moles, fibrosos e elásticos que compõem as articulações (união de um ou mais segmentos ósseos) esqueléticas (DEMER; FIELD, 2000). Conectam os ossos, aumentando a estabilidade mecânica das articulações, guiam o movimento articular evitando a transmissão de cargas bruscas no sistema músculo esquelético (STEVENS; LOWER, 2006). Atuam como limitadores estáticos (ALTER, 2004). São flexíveis, permitindo movimentos naturais, mas são suficientemente fortes e inextensíveis para oferecer resistência às forças de carregamento aplicadas, evitando movimentos excessivos.
O ligamento cruzado ântero-externo (LCAE), mais conhecido popularmente como ligamento cruzado anterior (LCA). É um ligamento extrassinovial e intra-articular, localizado no centro do joelho (articulação intermédia do membro inferior), insere-se na superfície pré-espinhal (localizada anteriormente na tíbia (osso da perna)) ao longo da glenóide interna e se dirige para o côndilo externo do fêmur (osso da coxa), desta forma ele é mais anterior sobre a tíbia e mais externo sobre o fêmur. (KAPANDJI, 2000; MAGGE, 2010)
                   
               A função mecânica do ligamento cruzado ântero-externo é assegurar a estabilidade ântero-posterior do joelho, permitindo ao mesmo tempo movimento de charneira (dobradiça). Impede o movimento de rotação do joelho junto com o ligamento cruzado póstero-interno e ligamentos laterais.

É alvo da injúria mais comum do joelho, sofrendo ruptura. (SALMON et al., 2005; WOO et al., 2005, FARSHAD et al., 2011)
Seu mecanismo de lesão é um trauma em valgo-rotação externa com o joelho flexionado (Kapndji,2000); contato em varo ou valgo com rotação, golpe anterior sobre a tíbia acarretando hiperextensão do joelho, desaceleração sem contado, desaceleração sem contato + rotação medial da tíbia ou rotação lateral do fêmur sobre a tíbia fixa, hiperflexão e rotação lateral forçada. No momento de sua laceração, o indivíduo poderá ouvir um estouro (“pop”). Frequentemente envolvidos em lesões por desaceleração (MAGGE, 2010)

A ruptura total do LCA ou de outro ligamento provoca instabilidade articular. (MAGGE, 2010)

Sua lesão é a mais comum entre as lesões graves que ocorrem nos atletas de futebol. (HÄGGLUND M, WALDÉN M, BAHR R, EKSTRAND, 2001,2005)

A ruptura do ligamento pode ser parcial ou total. Quando ocorre ruptura total, há necessidade de reconstrução do ligamento, realizada pelo médico. A prevenção e reabilitação pós-cirúrgica é de responsabilidade da fisioterapia.
A postura corporal pode interferir no surgimento de uma lesão, como pode favorecer um mecanismo de lesão, assim como uma lesão interfere na postura corporal. Desta maneira, é necessário atuar na reabilitação do indivíduo e não somente em uma parte dele.
A Reeducação Postural Global é um método de terapia manual que considera os sistemas musculares e esqueléticos como um todo, trata de forma individual e global. Utiliza como base o pensamento das cadeias de coordenação neuromusculares (os músculos trabalham em conjunto). Busca encontrar o movimento primário ou causal da lesão que levou a uma série de compensações que compromete a boa postura e desta forma busca realinhar os eixos ósseos, eliminar pontos de tensões exagerados, flacidez musculares, reorganizar as tensões musculares e realinhar o centro de gravidade (SOUCHARD, 1996). Tem por objetivo melhorar tônus, função e força muscular, propriocepção e percepção, alinhamentos articulares, coordenação, equilíbrio e marcha (HENRIQUE et al, 2012). O tratamento consiste na realização de posturas que proporcionam a flexibilização da musculatura estática e o condicionamento da musculatura dinâmica de maneira simultânea, em conjunto com um trabalho respiratório (condicionamento respiratório). Na reabilitação pós-cirúrgica do LCA temos a presença de uma lesão articular, uma restrição de mobilidade, o tratamento visa restabelecer a mobilidade do joelho sem permitir que outras regiões do corpo alterem seu posicionamento. Inicialmente são utilizadas posturas sem carga (deitada) e depois posturas com carga (sentada e em pé), associando integração estática e dinâmica (exercícios para reestabelecer o funcionamento articular e muscular, e seus receptores). No caso dos pacientes esportistas são introduzidos treinos com gesto esportivo, na fase final da reabilitação.  

A foto da esquerda foi tirada no 2º atendimento, no 6º dia

após cirurgia e a foto da direita no 7º atendimento, 25 dias 

após cirurgia.    



A foto da esquerda foi tirada no 2º atendimento, no 6º dia após cirurgia e  a foto da direita no 8º 

segunda-feira, 7 de julho de 2014

Biofotogrametria Computadorizada. Tecnologia na Avaliação Fisioterapêutica.


 Evolução do arco de movimento em flexão de joelho, 

adquirido após 14 atendimentos, 53 dias pós cirurgia de 

ruptura total do LCA. Reabilitação com RPG Souchard e 

Cinesioterapia, Gabriela Nader. 


Paciente demorou 1 ano após o rompimento para realizar a 

cirurgia.

Antes a paciente apresentava 45º de flexão de joelho.