
Os pacientes hemiparéticos apresentam espasticidade na musculatura do tronco, especialmente no ombro e na cintura pélvica, resultando no padrão de rotação para baixo da escápula e inclinação para cima da pelve que pode fazer com que o tronco do lado afetado pareça estar fletido lateralmente. E assimetria de ombros que é causada pela diminuição de movimento do ombro que gera fraqueza muscular de rombóides, trapézio, escalenos e conseqüentemente o encurtamento de cadeia anterior, ou seja, dos músculos peitoral maior e menor, serrátil anterior, dentre outros, e pela espasticidade acarretando em protrusão e rebaixamento da escápula no hemicorpo acometido, estes músculos, segundo Souchard, fazem parte da cadeia muscular inspiratória e toda a manobra de correção da cervical, dos ombros ou da lombar traciona a cadeia inspiratória, sendo necessário que o paciente respire livremente durante a realização das posturas para que esses músculos possam ser alongados.
Muitas estruturas cerebrais estão envolvidas na recuperação postural após um acidente vascular encefálico: o cerebelo, principalmente o arqueo e o paleocerebelo; gânglios basais e no córtex, principalmente a região parietal posterior em ambos os lados. O córtex parietal posterior direito parece estar predominantemente envolvido na integração espacial, como mostrado pela prevalência de déficits visuoespaciais (integridade é crucial para a recuperação da postura), todas estas estruturas são responsáveis pela requisição de um complexo mecanismo do controle postural, sendo assim, a recuperação da habilidade para ficar em pé e andar é crítica.
As alterações posturais são freqüentes em vítimas de hemiplegia e limitam ou atrasam a recuperação da marcha e da independência funcional. Isto torna o controle postural uma prioridade na reabilitação após Acidente Vascular Encefálico.

Na aplicação das posturas em carga é sempre respeitado o estado de fadiga do paciente, tendo em vista que estas proporcionam o gasto energético maior.
Reabilita o paciente promovendo melhora no padrão postural, diminuição da assimetria de ombros, melhora na cifose dorsal, diminuição da base de apoio, melhora no posicionamento do membro superior (alinhado em posição neutra com redução da flexão de cotovelo), no alinhamento do tronco (resultou na melhora na flexão lateral do tronco do lado parético), no equilíbrio e na marcha. Proporcionando independêcia fucional.
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