quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Parkinson











Patologia neurológica progressiva e degenerativa de causa idiopática (desconhecida), que afeta o movimento.

Caracterizada pela degeneração/destruição dos neurônios dopaminérgicos localizados na substância nigra (negra), no cérebro. Estes neurônios produzem dopamina, que é o neurotransmissor.

Os neurotransmissores são responsáveis são pela comunicação entre as células nervosas (neurônios), podendo tanto excitar quanto inibí-las. A dopamina tem ação inibitória no corpo estriado, região do cérebro composta pelo núcleo caudado, putamên e globo pálido, que participam do controle da postura e do movimento.

A regeneração dos neurônios dopaminérgicos acarreta diminuição na produção de dopamina, diminuindo sua ação, não conseguindo inibir o movimento desejado, tornando o corpo estriado extremamente ativo, dificultando o controle do movimento.

Como identificar a patologia: sinais e sintomas

Normalmente iniciasse em um dos lados do corpo.

 Os sinais e sintomas podem ser motores e não

motores:

Motores: tremores de repouso, bradcinesia (lentidão do movimento), rigidez, instabilidade postural, postura inclinada para frente, dificuldade na escrita (micrografia) e na fala, marcha com os pés arrastando no chão e pode haver dificuldades específicas em atividades que requerem organização espacial.

Não motores: demência, alteração no sono, depressão, ansiedade, memória fraca, alucinações, perda do olfato, constipação intestinal, raciocínio lento e apatia. Pode apresentar artrose e osteoporose, decorrente da rigidez muscular e da bradcinesia.

Sintomas comuns: perda de expressão facial, redução do piscar dos olhos, alteração nos discursos, aumento da salivação, visão borrada e incontinência urinária.

O tremor afeta dedos e mão, podendo afetar queixo, cabeça e pés. Ocorre enquanto nenhum movimento é executado e durante a marcha.

Varia de acordo com a hora do dia e do nível de stress do paciente. Notado enquanto o paciente segura algo leve, como uma folha de jornal. Desaparece durante o sono.

A lentidão do movimento (bradcinesia) seria o sintoma mais dificultoso e incapacitante. O paciente queixa-se de intensa fraqueza muscular e sensação de incoordenação motora.

Tarefas simples tornam-se muito difíceis, como abotoar uma camisa, digitar no computador, pegar moedas dentro do bolso e abotoar sapatos. E da dificuldade de iniciar qualquer movimento voluntário. A medida que a patologia progride, o andar vira uma tarefa difícil, os passos se tornam curtos e lentos, o paciente apresentar dificuldade em levantar e sente desequilíbrio em pé. Ao sentar tende a inclinar a cabeça e encolher os ombros.

A rigidez muscular limita a amplitude de movimento, gerando dor. Um dos sinais típicos é a perda do balançar dos braços enquanto anda.

Fatores de risco: idade, histórico familiar, sexo masculino, traumas no crânio (isolados ou repetitivos), contato com agrotóxicos, uso exagerado e contínuo de medicamentos, isquemia cerebral.

Diagnóstico: é preciso da identificação de 2 dos 3 sintomas motores (tremor em repouso, bradcinesia ou rigidez muscular), asociado a uma melhora destes com o uso de medicamentos específicos para o Mal de Parkinson. Nem sempre o quadro clínico inicial é suficientemente claro para se estabelecer o diagnóstico.

Apesar de não existir cura, profissionais (neurologista, fisioterapeutas, psicólogos, fonoaudiólogos, terapeuta ocupacional e nutricionista (proteínas dificultam a absorção de medicamentos) envolvidos no tratamento buscam combater os sintomas e evitar as consequências da patologia. O fisioterapeuta, por exemplo, busca a melhora da flexibilidade dos músculos e articulações, conservar a atividade muscular, manter o estado de funcionalidade e retardar os sintomas motores.







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