Patologia
neurológica progressiva e degenerativa de causa idiopática (desconhecida),
que afeta o movimento.
Caracterizada pela degeneração/destruição dos
neurônios dopaminérgicos localizados na substância nigra (negra), no cérebro.
Estes neurônios produzem dopamina, que é o neurotransmissor.
Os
neurotransmissores são responsáveis são pela
comunicação entre as células nervosas (neurônios), podendo tanto excitar quanto
inibí-las. A dopamina tem ação inibitória no corpo estriado, região do cérebro
composta pelo núcleo caudado, putamên e globo pálido, que participam do
controle da postura e do movimento.
A regeneração dos neurônios dopaminérgicos acarreta
diminuição na produção de dopamina, diminuindo sua ação, não conseguindo inibir
o movimento desejado, tornando o corpo estriado extremamente ativo,
dificultando o controle do movimento.
Como identificar a patologia: sinais e sintomas
Normalmente
iniciasse em um dos lados do corpo.
motores:
Motores: tremores de repouso, bradcinesia (lentidão do
movimento), rigidez, instabilidade postural, postura inclinada para frente, dificuldade
na escrita (micrografia) e na fala, marcha com os pés arrastando no chão e pode
haver dificuldades específicas em atividades que requerem organização espacial.
Não motores: demência, alteração no sono, depressão, ansiedade, memória fraca,
alucinações, perda do olfato, constipação intestinal, raciocínio lento e
apatia. Pode apresentar artrose e osteoporose, decorrente da rigidez muscular e
da bradcinesia.
Sintomas comuns: perda de expressão facial, redução do piscar dos olhos, alteração nos
discursos, aumento da salivação, visão borrada e incontinência urinária.
O tremor afeta dedos e mão, podendo afetar queixo,
cabeça e pés. Ocorre enquanto nenhum movimento é executado e durante a marcha.
Varia de acordo com a hora do dia e do nível de stress
do paciente. Notado enquanto o paciente segura algo leve, como uma folha de
jornal. Desaparece durante o sono.
A lentidão do movimento (bradcinesia) seria o sintoma
mais dificultoso e incapacitante. O paciente queixa-se de intensa fraqueza
muscular e sensação de incoordenação motora.
Tarefas simples tornam-se muito difíceis, como abotoar
uma camisa, digitar no computador, pegar moedas dentro do bolso e abotoar
sapatos. E da dificuldade de iniciar qualquer movimento voluntário. A medida
que a patologia progride, o andar vira uma tarefa difícil, os passos se tornam
curtos e lentos, o paciente apresentar dificuldade em levantar e sente desequilíbrio
em pé. Ao sentar tende a inclinar a cabeça e encolher os ombros.
A rigidez muscular limita a amplitude de movimento,
gerando dor. Um dos sinais típicos é a perda do balançar dos braços enquanto
anda.
Fatores de risco: idade, histórico familiar, sexo
masculino, traumas no crânio (isolados ou repetitivos), contato com
agrotóxicos, uso exagerado e contínuo de medicamentos, isquemia cerebral.
Diagnóstico: é preciso da identificação de 2 dos 3 sintomas motores (tremor em
repouso, bradcinesia ou rigidez muscular), asociado a uma melhora destes com o
uso de medicamentos específicos para o Mal de Parkinson. Nem sempre o quadro clínico
inicial é suficientemente claro para se estabelecer o diagnóstico.
Apesar de não existir cura, profissionais
(neurologista, fisioterapeutas, psicólogos, fonoaudiólogos, terapeuta
ocupacional e nutricionista (proteínas dificultam a absorção de medicamentos)
envolvidos no tratamento buscam combater os sintomas e evitar as consequências
da patologia. O fisioterapeuta, por exemplo, busca a melhora da flexibilidade
dos músculos e articulações, conservar a atividade muscular, manter o estado de
funcionalidade e retardar os sintomas motores.
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