O corpo humano é o instrumento principal do esporte. E não existe esporte sem inconvenientes. Os esportes mais completos são menos nocivos. A musculação exagerada, os esportes que necessitam obrigatoriamente de montanhas de músculos, são os mais nocivos. Desta maneira, os esportes que exigem mais flexibilidade são preferíveis.
Todos os atletas de nível apresentam problemas, limitando sua performance, “estragando” seu cotidiano e comprometendo o seu futuro em geral.
Os atletas deveriam desenvolver sensibilidade e senso de observação pessoal. Pois estar bem em seu próprio corpo deve ser o objetivo supremo, sendo este o instrumento principal de trabalho.A ginástica clássica não prepara para o esporte. Ela agrava seus inconvenientes.
Mesmo quando é necessário uma robusta morfologia, a musculatura deve continuar adaptada à estrutura.Se há um tempo para o esforço deve haver um tempo para a revisão da máquina corporal.
A repetição gestual intensa cria seus próprios problemas (rigidez muscular ou dores articulares específicas). Articulações sem amplitude normal resultam em gestos mal feitos, o que leva à compensações exageradas (encurtamento interior de uma cadeia muscular ou outra) e lentidão anormal = decadência de performance.
A verdadeira flexibilidade só consegue ser obtida pelo trabalho postural global, onde através desta os pontos de rigidez de cada pessoa são identificados e corrigidos (lesões primitivas escondidas pelo mecanismo de defesa são desfeitas).As auto-posturas devem ser aplicadas de preferência no dia seguinte aos esforços, quando os músculos estão rígidos e dolorosos, remodelando a musculatura estática encurtada pelos esforços.
É desejável praticar atividades variadas. A natação é o esporte que apresenta menos inconvenientes.